O conceito pode ser difícil de entender, mas promete revolucionar todas as transações que são feitas na internet; entenda o papel da Intel
Em 2008, Satoshi Nakamoto — pseudônimo para um ou mais programadores responsáveis pela inovação — mostrou ao mundo a bitcoin, uma moeda digital descentralizada que, 9 anos depois, agita o mercado: hoje uma unidade de bitcoin vale cerca de R$ 13 mil. Ao seu lado, está a blockchain, tecnologia que move a bitcoin e que é considerada ainda mais revolucionária do que a criptomoeda.
Nós já falamos sobre o que é blockchain aqui no iQ Intel, mas não custa retomar o conceito: Para compreender o que são as blockchains, vale pensar nos bancos. Toda transação feita entre pessoas é validada pelo banco, certo? Bem, o blockchain é uma cadeia de blocos que valida as transações de bitcoin. Mas pode ser usada para muito mais do que isso.
Pense então que o blockchain é como se fosse um livro-razão, utilizado por empresas para administrar a contabilidade. O blockchain é uma atualização dessa ferramenta, mas de maneira aberta, segura, transparente e, mais importante de tudo, descentralizada. Ou seja, ninguém a controla. No caso da bitcoin, é o blockchain que impede que sejam feitas transações duplicadas, mantendo um registro do que é feito, mas sem um banco central.
Apesar do livro-razão feito de papel estar sumindo e dando lugar aos aplicativos, empresas ainda demandam muito esforço para controlar toda a contabilidade. É um processo lento e com brechas para desvios. A ideia do blockchain é que ela possa substituir os processos feitos à mão. O Santander estima que a tecnologia possa ajudar a economizar até 2022 cerca de US$ 20 bilhões por ano. Vários bancos estão, aos poucos, investindo no sistema.
E isso pode te afetar diretamente, sim. Atualmente, se você fizer uma transação financeira com alguém de outro país, vários agentes reguladores intermediam a transação — bancos e plataformas virtuais de pagamento. Com o blockchain, em que o sistema age como o próprio regulador, isso não seria necessário, tornando o processo muito mais fácil e seguro.
Blockchain: como a Intel está ajudando na tecnologia
A Intel faz parte dessa revolucionária implementação do blockchain, fazendo esforços para que a tecnologia alcance diferentes campos o quanto antes. A empresa é a principal parceira de hardware e software de um projeto da Microsoft para incentivar outras companhias a adotarem a tecnologia blockchain para privacidade e segurança empresarial.
Agora, Microsoft, Intel e outros líderes em blockchain vão criar uma estrutura de trabalho voltada para o segmento corporativo, nomeada de Coco Framework, que integra a Intel Software Guard Extensions (Intel SGX) para fornecer velocidade, escala e confidencialidade dos dados das transações para as empresas. A Intel SGX consiste em um conjunto de instruções de CPU e melhorias de plataforma que criar áreas privadas nessa CPU. A SGX ajuda o Coco Framework a fornecer os dados confidenciais e acelerar as transações. Os dados são criptografados até que seja aberto por uma chave Intel SGX.
A Intel está tomando à frente da revolução do blockchain, contribuindo ativamente com a tecnologia e auxiliando em pesquisas para melhorar desempenho, confiabilidade e escalabilidade dessas tecnologias. A família de processadores Xeon também é preparada para lidar com big data e algoritmos que possam melhorar a privacidade e a segurança no segmento corporativo. O Intel Xeon Scalable, que foi anunciado recentemente, incluem uma série de ferramentas para melhorar a segurança e a performance do sistema blockchain.
